sexta-feira, 25 de agosto de 2023

ESCOLHA DA PAIXÃO

 

                                    ESCOLHA DA PAIXÃO
                                  Luis de Castro - Lucarocas
 
     Na minha lida do cotidiano é muito comum ouvir pessoas com queixas tais como “Me apaixonei pela pessoa errada” ou “Parece que você não gosta mais de mim”.
     Tais manifestações são oriundas de pessoas que colocam no outro a sua intenção de ser feliz. Esquecem elas, que a paixão é um estado involuntário que, geralmente surge unilateralmente, sem que haja a necessidade de o outro corresponda.
     Quando essa “paixão” passa a ser correspondida pelo sujeito do desejo dessa vontade, encontra-se aí uma manifestação de êxtase e prazer que pode evoluir num contexto de frequência temporal, ou distanciar-se nas emoções relacionais.
     Quanto mais há apego na relação, mais um estado de dependência gera uma pseudo felicidade, e o sujeito apaixonado tende a perder a visão periférica do mundo, e achar que o eixo da sua felicidade se encontra no outro.
     O outro, por sua vez, não se afinando na mesma sintonia, tende a distanciar-se, pois o sujeito apaixonado termina por sufocá-lo, o que destrói a relação de apaixonamento, e até mesmo outros sentimentos que, porventura, foram construídos através do tempo.
Nesse contexto, o “amante apaixonado” entra em processo de sentimento de abandono e revolta achando que o seu mundo ruiu e que “fez a escolha errada”, ou quando finda a relação começa a se diluir, e solta o famoso desabafo: “parece que você não gosta mais de mim”.
    É importante lembrar que a paixão é involuntária, mas que pode ser construída ao longo do relacionamento, ou retraída de acordo com o comportamento de cada parceiro.
     Colocar no outro a responsabilidade da sua felicidade, e dar poder da sua vida a outra pessoa, e assim, muitas vezes,  tirando de você a capacidade de controle das suas próprias emoções. Numa linguagem mais clara: quem dá poder ao outro perde o seu poder.
Outro foco para essa questão é o conceito de “certo” e “errado” no prisma da escolha da “paixão”. O certo se faz quando o sujeito apaixonado é correspondido, caso contrário, é errado. Percebe-se, no entanto, que a paixão é egoísta.
Costumo dizer que não existe a “pessoa certa”, pois a única pessoa certa seríamos nós, e se fizermos uma análise de caso, talvez percebamos que somos mais errados do que nós achamos certos.
     Não quero dizer com isso que a pessoa se enclausure na sua masmorra de solidão, e não viva as suas paixões. Apenas alerto para não fazer da sua paixão a sua própria masmorra de solidão.
     A vida é simples. As paixões é que a complica.
    Escolha você como a paixão certa,
que os amores virão, e a felicidade reinará por um período mais longo.
Feliz escolha.

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Luis de Castro – Lucarocas
     Psicologia a arte a serviço da vida
               (85) 999998-3843
    luisdecastrolucarocas@gmail.com
    www.luisdecastrolucarocas.com.br
 


 


Um comentário:

  1. Gostei da explicação. Temos que nos valorizar primeiro para poder valorizar nossa paixão. Excesso de sentimentalismo é prejudical em qualquer relação. O outro tem que perceber e cuidar da importância que seu parceiro tem, e vice versa

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